26 outubro 2008

Domingo 26 Outubro de 2008 • Trindade XXIII

Leituras

Êxodo 22.20-26
Salmo I
I Carta aos Tessalonicenses 1.5-10
Evangelho de São Mateus 22.34-40



Corações que Deus tocou

“O tempo todo, para aqueles cujo coração Deus tocou, permanece a tarefa suprema de levar ao Seu povo mesmo, em Sua majestade, Sua compaixão, Sua vontade sobre a humanidade, o ofertório admirável de si mesmo em Jesus, o Verbo feito carne.

Não podemos cumprir com esta tarefa a menos que lutemos por cumpri-la no mundo todo. Isso exige o serviço de mulheres e homens prontos a se encaminhar a toda parte na obediência a Cristo, e que testemunhem Seu amor através da insistência de que raças, brancos e negros são irmãos da mesma dignidade.

Nossa missão como Igreja implica em constante envolvimento na comunidade. Devemos aproximar-nos tanto como aprendizes quanto como mestres. Precisamos aprender não só muitas técnicas novas mas perceber também o que Deus está falando nas circunstâncias novas e desafiadoras de nosso tempo.

Como é a Deus a quem testemunhamos, precisamos também de constante desprendimento, vontade de afastar-se para esperar quietos em Deus, em silêncio, a menos que, por nosso próprio trabalho percamos, para nós e também para os demais, a compreensão da presença de Deus: Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.

Todo coração que Deus tocou deve guardar tempos de quietude em meio à vida ocupada e barulhenta que sofremos, para que Ele toque nossos corações sempre de novo.”

Arcebispo Michael Ramsey
Gateway to God
Editado por Lorna Kendall
Darton, Longman and Todd, Londres 1988

19 outubro 2008

19 de Outubro de 2008 • Trindade XXII

Leituras

Profecia de Isaías 45.1. 4-6
Salmo 96
I Carta aos Tessalonicenses 1.1-5
Evangelho de São Mateus 22.15-21



Abertura ao Mundo

“Dada a ausência de abertura ao mundo contemporâneo a teologia tem por vezes trabalhado como que em um vácuo, sem riqueza de sentido em si mesma e sem poder de comunicação.
A abertura ao mundo deve ser sempre acompanhada por uma abertura ao Cristo crucificado ou, de outra forma, a sabedoria do mundo pode orientar mal.
A necessidade implica quatro espécies de abertura – para o passado e para ao presente, para o mundo e para o céu e eternidade.
A abertura para o céu será nula e vazia, a menos que traga consigo a abertura para o mundo ao nosso redor.Com as decisões diárias e com os relacionamentos do mundo, encontramos Deus, e aprendemos o sentido de nossa teologia em termos humanos.
Aqueles que tentam isolar a cidade secular de seu passado e também da eternidade, perdem a dimensão em que as vidas humanas recebem o sentido último e ainda, não menos, a perspectiva em que as necessidades da cidade secular precisam ser apropriadamente consideradas.”


Arcebispo Michael Ramsey
Gateway to God
Editado por Lorna Kendall
Darton, Longman and Todd, Londres 1988

12 outubro 2008

12 de Outubro de 2008 • Trindade XXI

Leituras

Profecia de Isaías 25.6-10
Salmo 23
Carta aos Filipenses 4.12-14, 19-20
Evangelho de São Mateus 22.1-14


O Papel dos Cristãos no Mundo

“Somos chamados como cristãos à uma fé que - tanto se compromete intensamente com este mundo, como guarda bem presente a realidade além dele.
O primeiro é, em verdade, um teste imediato para a fé cristã. Nossa preocupação e ação pelos famintos e sem teto, pela justiça nas relações entre as diferentes raças, pelas leis de conduta que Deus nos alcançou, mostram se amamos o Deus a quem não vemos, através da prova do amor pelo próximo a quem vemos.
Mas, ao servir este mundo e suas necessidades estamos, em verdade, tomando em mãos algo além dele, uma vida eterna que dá a este mundo sua perspectiva verdadeira. Isto não pode ser esquecido.
Não estamos aqui somente para fazer coisas, estamos aqui para ser algo, nos tornarmos algo – é este o chamamento para sermos santos. A fé cristã consiste em fazer coisas aqui, mas é também uma fé cujo alvo está além daqui.
Os cristãos estão no mundo como a alma no corpo, mantendo viva para si próprios e para os outros, a esperança do Céu.

A isto Ele nos tem chamado e nos unifica a todos os que, em toda parte, têm também a mesma vocação e não ousam olhar para trás.”

Arcebispo Michael Ramsey
Gateway to God
Editado por Lorna Kendall
Darton, Longmann and Todd, Londres - 1988

05 outubro 2008

5 de Outubro de 2008 • Trindade XX

Leituras

Profecia de Isaías 5.1-7
Salmo 80
Carta aos Filipenses 4.6-9
Evangelho de São Mateus 21.33-43



SANTIDADE

“A noção de santidade encontra uma ênfase nova na Igreja primitiva. Na nova aliança o papel de - nação santa – recai agora sobre os cristãos; eles são a ecclesia de Deus, eles são chamados a ser santos, raça eleita, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus. (I Carta de São Pedro 2.9)

O uso de hoi hagioi, os santos, como descrição normal dos cristãos, suscita a ênfase nova e assombrosa da santidade na fé cristã.

Assim, a vida no Espírito é santidade.

Sendo santa pelo chamado de Deus e em Espírito de santidade, a Igreja cresce na mesma direção da santidade de Cristo.
Unidade, santidade e verdade: como a oração de nosso Sumo sacerdote é indivisível, indivisível é também seu cumprimento.
De nada adianta pensar que podemos buscar por unidade em nome de Cristo a menos que olhemos também pela santidade na Sua obediência, e pela compreensão da verdade que Ele revelou.

O tempo todo, Cristo o Cabeça da Igreja prossegue em Sua misericórdia usando a Igreja, por mais dividida que esteja, para firmar Sua própria verdade e unidade, além de conduzir a muitos no caminho da santidade.

Arcebispo Michael Ramsey
Gateway to God
Editado por Lorna Kendall
Darton, Longman and Todd, Londres 1988