1. Conceito de ministério de acolhida, suas características, e dimensões da pastoral.
Revda. Claudia Prates
O
conceito de “acolhida” surpreendentemente não aparece em dicionários de
teologia como um assunto que mereça um tratamento em si mesmo. Esta dificuldade
indica que este tema ainda se encontra em estado embrionário. No entanto,
sentimos nas nossas comunidades um apelo para tornar a “acolhida” o carro chefe
da pastoral.
A
questão que se levanta do ponto de vista conceitual é como definir o que seria
um ministério de acolhida. Por isso o ponto de partida que se apresenta é o
apelo das próprias comunidades que foi recentemente sistematizado pela Diocese
Meridional da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil dentro de um projeto chamado
“responsabilidade cristã e missão”. Claro que não podemos ficar apenas neste
nível. Por isso encontramos nas dimensões da práxis pastoral apresentadas por
Sergio Ulloa Castellanos, dentro de uma teologia latino-americana da
encarnação, uma boa base para a construção conceitual e prática de um ministério
ou pastoral da acolhida:
A
encarnação de nosso Senhor nos ensina que ele se fez corpo para que vivamos
saudavelmente. A encarnação significa concretamente a aceitação e acolhida
desse corpo e, portanto, de suas implicações. Acolhendo-o, Jesus Cristo não só
aceita uma igualdade básica com todos os seres humanos, mas também se submete
voluntariamente às leis básicas da corporalidade (ULLOA CASTELLANOS, 2008;
p.107).
1.1 Como entender o ministério de acolhida a partir da eclesiologia anglicana
A Diocese Meridional da Igreja Episcopal
Anglicana do Brasil publicou uma série de livretos abordando o tema da
“Responsabilidade Cristã e Missão” sendo que o último deles trata
especificamente dos “Ministérios de Acolhida, Divulgação e Comunicação nas
Comunidades Locais” (MAIZTEGUI, DELGADO; 2010). Este entendimento da pastoral
surge, conforme indica o livreto citado, das “Consultas sobre Responsabilidade
Cristã e Missão” realizadas no 114º Concílio da Diocese Meridional em 2007; com
a participação das representações do laicato de todas comunidades diocesanas e
de todo clero. (MAIZTEGUI, 2008; p.36).
O ministério ou pastoral da acolhida
foi um dos assuntos destacados nesta consulta gerando uma definição citada no
referido livreto:
Precisamos nos conscientizar daquilo que devemos fazer,
comprometendo-se com uma boa acolhida/partilha,
e sermos uma bênção na vida do próximo.
Assim podemos participar da vida
comunitária conforme as necessidades das pessoas, dentro e fora dela. As atitudes conscientes e comprometidas por
si só divulgam a comunidade. (MAIZTEGUI, DELGADO; 2010; p.03).
Nesta definição, que expressa os
sentimentos das nossas comunidades e suas lideranças, a acolhida é vista junto
com a partilha. Acolhida é portanto um valor da comunidade. O resultado desta
pastoral deve se evidenciar na felicidade de outras pessoas (“na vida do
próximo”) e por sua vez é vista como uma poderosa ferramenta de divulgação da
vida comunitária.
No 117º Concílio da Diocese Meridional
em 2010 o assunto voltou como lema: “acolhendo no serviço e semeando na
esperança”, conectando assim a pastoral da acolhida à tarefa evangelizadora.
Tudo isso é resumido em cinco características: Acolhida como expressão do Amor
de Cristo; A prática da Acolhida como Ministério; Acolhida como Partilha e
Benção; Acolhida na Vida do Próximo e na Vida Comunitária; Acolhida como
Atitude Consciente e Comprometida.
1.1.1 Acolhida como expressão do Amor de Cristo
Conforme esta escrita no
livreto referente a esta característica:
Não se trata de estimular uma atitude
‘hipócrita’ de afeto, mas de expressar o amor de Cristo, especialmente para
aquelas que, por qualquer razão, oferecem mais dificuldade de relacionamento
(MAIZTEGUI, DELGADO; 2010; p.04).
Na vida eclesial e comunitária a
pastoral da acolhida entra em tensão com a rede de relacionamentos que nem
sempre são construtivos ou agradáveis. Por isso o entendimento da acolhida como
ato de amor, deve se estender para a vida interna da comunidade. Devemos nos
acolher mutuamente e diariamente, exercitando o ministério da acolhida que
também, é claro, devemos praticar com as pessoas novas, visitantes, e com a
sociedade onde a comunidade esta inserida.
1.1.2 A prática da Acolhida como Ministério
Conforme esta escrita no
livreto referente a esta característica:
O Ministério da Acolhida tem três círculos de
ação: o externo (bairro, cidade,
região onde se encontra a comunidade), o local
específico (a apresentação da própria comunidade, cartazes indicativos,
etc), e o interno (dentro do templo,
no salão, e em todas as atividades organizadas pela comunidade,
abertas ou não ao público em geral). (MAIZTEGUI,
DELGADO; 2010; p.05).
O Ministério da Acolhida
estabelece também uma ação de rede porque conecta círculos externos e internos
da comunidade, mas também conecta as ações da comunidade que acolhe e que é
acolhida, que recebe mas também oferece.
1.1.3 Acolhida como Partilha e Benção
Conforme esta escrita no
livreto referente a esta característica:
O Ministério da Acolhida exige que algumas
pessoas estejam atentas para participação das outras pessoas na liturgia,
devendo ajudar quem apresente alguma dificuldade. Para isso devem ter
estes materiais em quantidade suficiente e em bom estado de conservação. Ajudar
pode
significar
se deslocar do lugar onde se encontra e do
lado de uma pessoa para auxiliá-la a acompanhar a celebração! (MAIZTEGUI,
DELGADO; 2010; p.06-07).
A acolhida litúrgica envolve
diferentes aspectos que vão desde o recebimento das pessoas no Templo, acolhida
temática da própria celebração, à
administração sacramental, e a saudação na saída do Templo (tipicamente
anglicana). Portanto a pastoral da acolhida se transforma em um ministério
transversal que envolve as pessoas que animam a liturgia, o próprio espaço
litúrgico e a comunidade em geral.
1.1.4 Acolhida na Vida do Próximo e na Vida Comunitária
Conforme esta escrita no
livreto referente a esta característica envolve o que chamamos de “Ação Social”
que deve ir ao encontro das pessoas que “não podem vir à Igreja, ou pessoas que
vivem em situação que exigem de nós partilha, luta por justiça e direito, e junto
com elas, sempre, é claro, com muito amor”. A pastoral da acolhida também chama
a atenção sobre a dinâmica das “promoções comunitárias”, tão comuns na vida
eclesial como fonte de sustento financeiro e de celebração da vida. Nestas
promoções a comunidade tem uma grande oportunidade de exercitar a acolhida como
“demonstração de amor (...) especialmente para as pessoas que não frequentam
nossa comunidade (MAIZTEGUI, DELGADO; 2010; p.08).
1.1.5 Acolhida como Atitude Consciente e Comprometida
Conforme esta escrita no
livreto referente a esta característica “uma acolhida consciente e comprometida
significa levar a Igreja aonde a gente vai, e trazer os desafios de onde a
gente for, para a Igreja”. Isto implica em buscar usar os espaços ou meios de comunicação,
tais como: boletim paroquial, blogs, páginas de relacionamento (Orkut,
Facebook, Twitter, enviar cartões de aniversário, telefonar para as pessoas,
usar os jornais locais, rádios e canais de TV, etc. (MAIZTEGUI, DELGADO; 2010;
p.08-09).
1.2 Dimensões da práxis pastoral e acolhida
Sergio Ulloa Castellanos, aborda a
questão da práxis pastoral como uma práxis dos “corpos”. Esta abordagem
encarnacionista resulta interessante porque supera o sentido da
“espiritualidade” como algo da esfera do “além” ou do puramente transcendental.
Vemos nos rostos das pessoas das comunidades, e nos rostos dos que chegam aos
nossos templos, ou nos encontram nas ruas, um apelo para acolhe-los na sua
concretude, mesmo quando nos oferecemos para “orar por eles ou elas, ou pelas
situações que lhes afligem” não parecem tão satisfeitos como quando lhes
dizemos que iremos visita-los, ou que gostaríamos de conhecer o lugar onde
vivem ou participar da situação em que se encontram.
Por isso a abordagem da pastoral
como prática dos corpos, nos ensina a encontrar as “almas” na vida concreta das
pessoas, e neste campo é que acontece a acolhida. Vejamos como este autor nos
introduz na sua visão de práxis pastoral da corporalidade:
Nosso
corpo é feito para sair, para a busca do outro, para o encontro. Em Cristo,
esta abertura é, ademais, o fruto de uma opção. Somos seres de relação.
Negar-nos a isso é negar nossa humanização. Os olhos, as mãos, os pés, a
palavra, o ouvir, os gestos, a postura vão além da pura ferramenta e se
carregam de significado. Já não é saudável apenas o olho que vê, mas também o
que aprende a olhar. Já não é saudável a boca porque meramente se expressa, mas
as realidades humanizadoras que ela gera com seu falar. Já não é saudável o
ouvido porque percebe informações, mas porque acompanha e se identifica com os
demais. Já não é saudável o caminhar apenas pelo próprio fato de poder andar,
mas também pelos caminhos pelos quais opta
(ULLOA CASTELLANOS, 2008; p.108).
Sendo que a proposta de
nosso estudo é encontrar o ministério da acolhida dentro da situação vivida
pelo apóstolo Paulo entre as comunidades dos Gálatas e, paralelamente,
considerar nossa realidade pastoral contemporânea. Buscaremos nas dimensões
corporais da pastoral e – por extensão – da acolhida a chave hermenêutica que
nos leve ao aprofundamento bíblico e eclesial desta prática.
1.2.1 A dimensão econômica: a práxis das mãos como prática do amor
A acolhida na dimensão
econômica, na práxis das mãos ou do amor, tem haver essencialmente com
“partilha” ou como diz o autor: “necessitamos aprender a compartilhar o que
somos e o que temos” (ULLOA CASTELLANOS, 2008; p.110). A
dimensão do compartilhar, vista como acolhida, nos mostra dois lados: um lado
dá o outro recebe. Na vida comunitária estamos sempre de ambos os lados. Sendo
assim acolher é aceitar receber e ao receber aceitar dar. Esta prática é
econômica porque na perspectiva dos corpos vivenciamos a partilha em atos
concretos que envolvem sustento, apoio, hospitalidade, comunicação, afeto e até
consolação. Conforme declara Ulloa Castellanos: “Em minha experiência pastoral,
pude constatar que não há cristão pobre que não possa descobrir outro irmão com
quem possa compartilhar.” (idem).
A prática das comunidades que no movimento da acolhida dão-se as mãos em
um gesto de amor reflete, conforme também aponta este autor, a prática de
Jesus. Jesus não apenas acolhe pessoas e grupos excluídos, mas desafia pessoas
ricas a fazer o mesmo, como no exemplo do “jovem rico” (Lc 16,18-30) vendo na
“miséria deste personagem (...) sua incapacidade para dar, para compartilhar,
para identificar-se com os simples, os ignorantes, os pobres e, dessa maneira,
para pôr-se a caminho e seguir a Jesus” (ULLOA CASTELLANOS, 2008;
p.109). Assim,
conclui o autor, que esta dimensão desenha uma “igreja (...) desinteressada
para poder ser compartilhada”, que na perspectiva desta pesquisa, pode ser
entendida como uma “comunidade acolhedora da partilha e do amor”.
1.2.2 Dimensão politica: a práxis dos pés ou caminhada da esperança
A dimensão politica confronta a
acolhida com o poder. Quando o poder é usado como acolhida é “o poder da
diaconia” (ULLOA CASTELLANOS, 2008; p.112).
Quando Jesus lava os pés de seus discípulos ele demonstra seu poder como
diaconia, o serviço que iguala todos os seres humanos (Jo 13, 1-20). Acolher,
olhando dentro deste texto, para o diálogo entre Jesus e Pedro, é aceitar o
serviço em nosso favor e aceitar os desafios de viver servindo outras pessoas
(Cf. Jo 13, 8-10a).
Geralmente na pastoral inclusiva
somos motivadas pelo pensamento de que todas as pessoas devem ser acolhidas do
jeito que são. Isso nos leva a outras referencias comunitárias como as de Lucas
em Atos (10, 34); o apóstolo Paulo aos Romanos (Rm 2, 11); e nas comunidades
para as quais se dirigia Tiago (Tg 2, 1). Contudo, a dimensão politica da
acolhida nos diz mais. Acolher como poder é dar ao outro ou a outra, a possibilidade
de fazer o que nós fazemos, isto é, também acolher e servir. Outro termo usado
recentemente para esta ação acolhedora é “empoderar”. Conforme apontam os Anais
do II Seminário Nacional Movimentos Sociais, Participação e Democracia:
A definição de empoderamento é
próxima da noção de autonomia, pois se refere à capacidade de os indivíduos e
grupos poderem decidir sobre as questões que lhes dizem respeito, escolher,
enfim entre cursos de ação alternativos em múltiplas esferas – política,
econômica, cultural, psicológica, entre outras. Desse modo, trata-se de um
atributo, mas também de um processo pelo qual se aufere poder e liberdades
negativas e positivas. Pode-se, então, pensar o empoderamento como resultante
de processos políticos no âmbito dos indivíduos e grupos
(ANAIS, 2007; p.486).
Desta forma a pessoa estará
plenamente acolhida enquanto plenamente integrada, plenamente participativa,
plenamente responsável dentro da vida comunitária, pelos desafios que decorrem
do seguimento de Jesus Cristo.
1.2.3 Dimensão ideológica: a práxis dos olhos ou o olhar da fé
O autor usa a imagem do olhar
como “conversão”, isto é, uma nova perspectiva de fé que se lança sobre a
própria pessoa, sobre as relações interpessoais e sociais e sobre o mundo:
Jesus quer dar novos
olhos para que vejam a partir de sua perspectiva. Por isso, ver com os olhos da
fé equivale à conversão ou à mudança de valores. Jesus propõe que Deus é
libertador, amor, misericordioso, pai acompanhante, compassivo. E, como
valores, propõe a seus discípulos a dignidade da pessoa humana, a justiça na
distribuição dos recursos, a solidariedade com os marginalizados, o respeito à
liberdade do outro, a disposição para servir, a capacidade de suportar os
conflitos e um amor universal que supere todas as diferenças existentes entre
os seres humanos. (...) Jesus suscita liberdade; frente ao medo, Jesus gera
confiança; e frente ao egoísmo, Jesus promove a generosidade. A igreja é a
comunidade de crentes em Jesus que vê o Deus da Vida e a própria vida de uma
maneira diferente. (ULLOA CASTELLANOS, 2008; p.115)
Com o olhar da fé percebemos as pessoas que fazem parte da comunidade e
aquelas que chegam a ela como uma oportunidade de mudança de valores, de busca
de novas relações de justiça e solidariedade, isto é, um olhar acolhedor.
1.2.4 Dimensão ético social: a práxis da boca ou a proclamação da justiça
Uma boa pergunta seria: se o
falar profético pode ser acolhedor? Segundo o autor, o falar profético busca a
justiça restitutiva que “faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que tem fome.
Solta os encarcerados; abre os olhos aos cegos; levanta os abatidos; ama os
justos. O Senhor guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva” (ULLOA
CASTELLANOS, 2008; p.115). Partindo deste entendimento a fala
acolhedora tem que ser uma palavra dignificadora.
Não seria o reconhecimento da dignidade
humana de todas as pessoas, especialmente daquelas mais discriminadas e
excluídas, uma acolhida profética? Ou, dito com outras palavras, como
poderíamos proclamar profeticamente esta justiça se não acolhemos da mesma
forma pessoas injustiçadas?
1.2.5 Dimensão psicológica: a práxis dos ouvidos ou a escuta da sabedoria
Quando
uma pessoa é acolhida em nossas comunidades somos
desafiados a ouvir com atenção e sinceridade.
Isto nem sempre acontece, tanto por parte do(da) sacerdote quanto por parte de
outras lideranças e membros da comunidade. O desafio neste sentido é nos formar
como ouvintes através de práticas de diálogo em grupos, especialmente nos
estudos bíblicos e em outras dinâmicas comunitárias. Também pode ser enfatizada
esta atitude através do que chamamos de “testemunhos” onde as pessoas são
convidadas a relatar sua vivência de fé como exemplo da ação de Deus nas vidas
das pessoas. O autor coloca esta questão nos seguintes termos:
Em toda a Bíblia,
quando Deus escuta é para libertar, salvar, curar, corrigir, instruir, e ele
escuta para relacionar-se com profundidade. A igreja deve desenvolver sua
capacidade de atender (ouvir), porque é esta que lhe dá a possibilidade de
praticar a sabedoria. A agenda da igreja não está centrada em si mesma, mas em
seu exterior. (...) A igreja deve ensinar a escutar e a exercitar a empatia
como capacidade de ‘colocar-se na pele do outro’. Diz Bonhoeffer que o primeiro
serviço que a igreja pode oferecer é escutar o outro. O princípio da
solidariedade provém da escuta atenta e sincera. (ULLOA CASTELLANOS, 2008;
p.116).
Sempre
é bom lembrar a atitude de Deus que, ao se revelar como Libertador: vê, ouve e
desce (Êx 2,25; Êx 3,7.16). Portanto, a formação acolhedora do ouvir é também
um caminho de espiritualidade que leva ao reconhecimento da presença
libertadora de Deus.
1.2.6 Dimensão espiritual: a práxis do coração ou o sentimento integrador
A
pergunta que nos faz a dimensão do coração é quais são
nossos desejos? Queremos realmente encontrar
nossos irmãos/ãs na fé? Estamos dispostos a ouvir Deus e nos permitir
transformar? E como podemos tornar nossa comunidade um lugar onde as pessoas
desejem mais? Vejamos os desafios que o autor nos coloca:
O coração se
apresenta como o centro e o todo da pessoa, a sede da vida íntima: pensamento,
memória, sentimentos, decisões. Ele é o centro decisivo da personalidade. Há
duas alternativas: abrir o coração a Deus e à sua Palavra, unificar o coração
para comprometer-se com o caminho de Deus, ou endurecer o coração e não confiar
em Deus e seguir seu próprio caminho. A igreja é chamada a viver ao ritmo do
coração de Jesus Cristo (espiritualidade). Sentir como ele sente, pensar e agir
como ele age. (...) Porque se trata de que o coração da igreja trabalhe pelo
Reino de Deus e sua justiça. A igreja é comunidade de irmãos que abrem seu
coração em transparência e clareza para relacionar-se em profundidade (ULLOA
CASTELLANOS, 2008; p.117).
Às
vezes ao nosso coração lhe falta compromisso. Este valor do comprometimento
esta em crise na pós-modernidade (como aprofundaremos mais a diante). No
entanto, pode que a acolhida seja também uma chave para abrir os corações ao
comprometimento. Será que poderíamos sonhar com uma partilha de compromissos?
Nas promoções paroquiais às vezes conseguimos mais comprometimento e
participação de visitantes e pessoas novas, do que de membros mais antigos da
comunidade. Uma das causas desta constatação pode ser que as pessoas novas
desejam mais o encontro e a partilha do que pessoas que participam a mais tempo
e que encaram o compromisso muito mais como uma exigência do que como uma
oportunidade.
Extraído do Trabalho de Conclusão de Curso de Integralização, apresentado à Escola de Teologia e Espiritualidade Franciscana, em convênio como o SETEK - 2012.