25 agosto 2007

Trindade XII - 26 de Agosto de 2007

Esperança e Desespero

Esperança e desespero não são opostos. São recortes da mesma veste, feitos da mesma matéria-prima, formatados pelas mesmíssimas circunstâncias. Acima de tudo, toda vida é forçada a escolher um ou outro, cada dia, circunstância após circunstância. A única diferença entre os dois é que o desespero cria uma atitude mental; a esperança cria uma qualidade da alma. o desespero pinta a forma como vemos as coisas, nos faz suspeitosos do futuro, nos torna negativos quanto ao presente. A esperança, por outro lado, toma a vida em seus próprios termos, sabe que o que quer que aconteça Deus está vivo aí, e espera que, quaisquer que sejam as reviravoltas, acrescentará seu bem àqueles que também vivem bem.
Quando a tragédia acontece, quando o drama surge, quando a vida nos desaponta, ficamos em encruzilhadas entre a esperança e o desespero, doídos e feridos. O desespero nos cimenta no presente; a esperança nos manda dançar mesmo pelos cantos escuros, confiando em um amanhã que não podemos ver. O desespero diz que não há lugar onde possamos ir, além deste que temos aqui. A esperança afirma que Deus está à nossa espera, aguardando por nós um pouco mais adiante. Comece de novo.
Joan D. Chittister, O.S.B. - The Psalms: Meditations for Every Day of the Year.


Profecia de Isaías 66.18-21
Salmo 46
Carta aos Hebreus 12.5-7, 11-13
Evangelho de São Lucas 13.22-30


Por onde quer que me conduzas

Deus, toma-me pela mão e eu Te seguirei devotamente, sem resistir demais. Não evitarei a qualquer das tempestades que a vida tenha de reserva para mim. Tentarei encará-las, todas, o melhor que me for possível. Mas agora, e mais tarde também, dá-me um pouco da Tua ajuda. Jamais vou pressupor, em minha ingenuidade, que alguma paz, em meu caminho, seja eterna. Aceitarei todo tumulto e conflito inevitáveis. Eu me alegro com o conforto e a segurança, mas não me rebelarei se precisar sofrer frio, se assim for de Teu decreto. Eu Te seguirei por onde quer que me leves, e tentarei não ter medo algum.
Etty Hillesum, Etty: A Diary 1941-1943