03 maio 2009

3 de Maio de 2009 • Páscoa IV

Leituras do Dia
Atos dos Apóstolos 4.8-12.
I Carta de São João 3.1-2.
Evangelho de São João 10.11-18.



Acender uma Vela


Um dos elementos mais comuns em nossa vida de adoração começa com uma consideração prática. Velas produzem luz. Nos nossos dias, nos lares e em igrejas, há muitos recursos ainda mais eficientes e práticos para iluminar um ambiente. Mas a Igreja se antecipou em muito ao uso da energia elétrica. Durante muitos séculos da era cristã, a única forma de se prover luz nos locais de adoração era justamente pela iluminação com velas. Carregadas em procissões nas catedrais, ou durante procissão do Evangelho, as velas simbolicamente aclaram o caminho. As velas no santuário, sobre ou mesmo atrás e acima do Altar alcançam luz e testemunham a abundância da glória de Deus. Ao longo destes mesmos séculos as velas também ecoaram imagens básicas da Escritura Sagrada. As chamas das velas têm sido parte da adoração da Igreja por quase dois milênios e nos recordam, como adoradores, a “Luz de Cristo”. A Lâmpada do Santuário, constantemente acesa acima do Altar, no Tabernáculo, significa a presença de Cristo no Sacramento Reservado. As velas sobre o Altar devem ser somente acesas quando “convidamos” a presença de Cristo na celebração da Eucaristia. Finalmente, a chama nos recorda do trabalho do Santo Espírito em sua descida sobre os discípulos em Pentecostes. Acendemos o fogo de nossas orações como ofertório a Deus sempre que dobramos os joelhos durante a adoração ou meditação quieta. Seja por luz, seja por tempo quieto de contemplação, seja pela simples beleza, as velas são parte da riqueza da liturgia e vida da família da fé. Elas aquecem e iluminam, dando vida, à adoração do Deus que iniciou Sua Criação justamente dizendo, “Faça-se a luz!”