17 maio 2007

Páscoa VII - 20 de Maio de 2007

Atos dos Apóstolos 16.16-34
Salmo 97
Apocalipse 22.12-14, 16-17, 20-21
São João 17.20-26

Que espécie de reino será?
Será um reino onde, segundo a oração de Jesus, o nome de Deus é sempre santificado, sua vontade é feita na terra, os seres humanos terão tudo em abundância, todo mal será perdoado, e todo pecado será vencido.
Será um reino segundo as promessas de Jesus, onde os pobres, os famintos, os que choram e são desprezados... finalmente não mais estarão abandonados e distantes; onde a dor, o sofrimento e a morte terão um fim.
Será um reino que não pode ser descrito, mas só se tornará conhecido por metáforas: como nova aliança, semente que germina, colheita madura, grande banquete, festa real.
Será portanto um reino - justamente como os profetas anunciaram - de retidão absoluta, de liberdade inquebrantável, de amor persistente, de reconciliação universal, de paz sempiterna. Neste sentido, será tempo da salvação, da plenitude, da consumação, da presença de Deus: o futuro absoluto.
Hans Küng, On Being a Christian


O Beijo de Judas, de Giotto - detalhe
O Que é Meu é Teu

A única forma sob a qual mundo reconhecerá a missão de Jesus é a da unidade de sua Igreja. Mas a unidade da Igreja deve traduzir-se em vida de comunidade real. Jesus falou da unidade absoluta entre o Pai e Ele próprio. Sua oração por nós é a de que devemos ser simplesmente unidos. (São João17.21-22). Poderia ainda existir entre nós - teu e meu? Não. O que é meu é teu e o que é teu é meu. No Espírito da Igreja, tudo o que temos pertence a todos. Primeiro, e acima de tudo, temos comunidade nos valores mais profundos da vida comum. Mas partilhando dos tesouros do Espírito, que são os maiores, como podemos recusar o mesmo nas coisas menores?
Eberhard Arnold, God's Revolution: Justice, Community and the Kingdom