09 dezembro 2007

II Domingo do Advento

Leituras

Profecia de Isaías 11.1-10
Salmo 72.1-8
Carta aos Romanos 15.4-9
Evangelho de São Mateus 3.1-12


“A comunidade da fé espera por um longo tempo. A substância desta esperança, tão profundamente enraizada no Antigo Testamento, é persistente e resistente. Ambos, tanto o oráculo profético e o salmo atestam que Israel espera por justiça, paz e bem estar.. A comunidade bíblica conhece a intenção de Deus sobre estas coisas e confia em sua promessa fiel. É assim que o Advento começa com a visão de uma alternativa de cura para a humanidade.
A Igreja do Novo Testamento permanece em conexão bem próxima com o Antigo Testamento. Cristãos esperam com judeus e esperam ambos pela mesma coisa, o bem estar do mundo curado, bendito e amparado por Deus. As leituras do Novo Testamento reafirmam e intensificam as esperanças além de fazer das promessas de Deus um prospecto imediato.. A intensidade e o tempo presente da fé do Novo Testamento anda em torno da presença de Jesus, sendo Ele mesmo quem inicia um novo começo no mundo.Os crentes percebem o mundo diferentemente e se posicionam diante dos novos dons de Deus.
Os textos do Advento, de promessa e expectativa, nos convocam, violando nossa racionalidade e pondo em risco nossos padrões de segurança. No Advento a Igreja vigia para poder perceber onde Deus está criando justiça, paz e bem estar. Onde e quando isto acontece, as promessas de Deus estão em movimento... em direção da novidade. Cabe a nós perceber e receber tudo isto com ânsia e alegria.”

James D. Newsome e outros, A Lectionary Commentary...

“As leituras para o Advento caracterizam a esperança como algo visível, público, partilhado e ansiado. O que Deus prometeu e o que Deus nos dará é uma mudança profunda e estrutural nas relações sociais, finalmente submetidas ao propósito de Deus e sua vontade. É por esta razão que as raízes do Antigo Testamento da esperança do Advento são esboçadas numa imagem de realeza. O rei traz justiça aos fracos... o novo rei torna possível um novo mundo. Mas o novo mundo não é só uma expressão piedosa da esperança que chegaremos a fruir automaticamente ou por osmose. A novidade é uma realidade intrusiva que rompe com tudo o que é velho e destrutivo. Isto impõe uma decisão tanto desafiadora quanto custosa. É custosa porque somos beneficiários de padrões de vida antigos e de morte. O Evangelho nos convida e adverte de que devemos tomar decisões concretas no sentido de reordenar nossa vida de forma apropriada à nova intenção de Deus.
São Paulo, como pastor, pratica a exigência mais concreta e imediata. A nova conduta consiste na prática imediata na Igreja do caminho em que fortes e fracos, os de posse e os pobres, se relacionam uns com os outros em uma nova fidelidade. O Advento suscita a necessidade de colocarmos nossa vida diária em sintonia com o governo de Deus. São a energia e o poder de Deus, (o vento de Deus), que nos podem autorizar e capacitar a receber o novo rei e alegrar-nos em sua obediência, servindo ao próximo. Com este fortalecimento nos sentimos encantados pelo fato de que a criação inteira pode recomeçar, curada, restaurada e perdoada. A novidade das novas de Deus é que se trata de fato de boas novas. Podemos abraçá-las e agir a partir delas.”

James D. Newsome e outros, A Lectionary Commentary...