15 junho 2007

Trindade II - 17 de Junho de 2007

I Reis 21.1-10 (11-14), 15-21a
Salmo 5.1-8
Gálatas 2.15-21
São Lucas 7.36 - 8.3


Outro Ponto de Vista

Aqui, (I Reis, capítulos 16-21)... a sexualidade é tecida numa temática bem maior, como um tapete de gênero, poder, perdão e idolatria... Uma compreensão melhor desta rainha poderosa (Jezabel), deve levar em conta tanto o seu próprio contexto social, bem como a polêmica teológica bíblica... na condição de princesa fenícia... ela estava acostumada à privilégios reais, desacostumada com os impulsos mais democráticos da cultura Israelita, onde se considerava que a terra dada a cada família israelita era dom de Yahweh mesmo, bem mais que concessão do rei. Daí a resposta brutal à recusa de Nabote em vender sua vinha... compreendida, de seu ponto de vista, como resposta real apropriada à insubordinação, em contraste com a inaceitável fraqueza de Acabe enquanto líder."
Claudia V. Camp, I and II Kings - The Women's Bible Commentary



Um encontro bem pastoral


Dom Renato Raatz fala aos alunos


Dom Renato Raatz, Diocesano de Pelotas,
palestrante especial sobre a vocação ao Ministério Ordenado



Eucaristia, o centro da vida da casa



Comunhão da família SETEK



Jacinto e Joaquim, estudantes Angolanos


Mais um aniversário da Educação Teológica na IEAB.
15 de Junho, festa em lembrança de Evelyn Underhill, teóloga leiga anglicana, mística, falecida neste dia, em 1941, lembrada como "madrinha do Seminário". A data é significativa pelos 104 anos "do Seminário" e tem como marca de identidade o nome e a vocação mesma de Underhill.
O texto a seguir foi lido e distribuido aos presentes na celebração da Santa Eucaristia.

ADORAÇÃO


"A adoração em todas as suas formas é a resposta da criatura ao Eterno; nós nem precisamos delimitar esta definição à esfera humana. Há um sentido em que podemos pensar da vida do universo inteiro, visível e invisível, consciente e inconsciente, como um ato de adoração, glorificando sua Origem, seu Sustentador e seu Fim. É só em um contexto assim que podemos começar a compreender a emergência e o crescimento do espírito da adoração nos seres humanos, ou a influência que ela exerce sobre suas atividades. A adoração pode ser encoberta ou direta, consciente ou inconsciente. Se consciente, seu colorido emocional pode passar do medo à reverência, chegando ao amor que se doa completamente.. Mas quaisquer que as suas formas de expressão possam ser, é sempre uma relação sujeito-objeto; e sua existência constitui uma forte crítica à todas as explicações imanentes da Realidade.

A adoração é o reconhecimento da Transcendência; quer dizer, da Realidade independente do adorador, o que é mais ou menos profundamente... colorido pelo mistério... que aí já chegou primeiro.
Assim, tomamos muito a sério esta coisa estranha que é a Adoração, dando-lhe o status que merece, dentre as diversas respostas dos humanos ao ambiente. Descobrimos que ela nos obriga a assumir uma atitude para com o ambiente. Mesmo em sua forma mais crua, a lei da oração - na verdade, o fato da oração - é já a lei da fé.

A vida de oração do cristão, embora profundamente pessoal, é essencialmente a vida da pessoa que é também parte de um grupo... O cristão não pode cumprir com seu dever espiritual na solidão. Ele é parte de um complexo social e espiritual por sua nova relação com Deus... mesmo sua contemplação mais solitária não é matéria simplesmente individual; a adoração deve ser sempre tida em sua relação com o propósito e a ação de Deus que a incita, bem como à vida total da Igreja.

A liturgia cristã - tomando a palavra em seu sentido mais geral - é a incorporação artística desta vida social e também pessoal. Aqui, não estamos preocupados com suas origens históricas, suas implicações doutrinais, ou com as formas principais que assumiu em seu desenvolvimento; a nós concerne agora sua existência aqui, aqui e agora, seu valor e sentido como o cenário ordenado da adoração incorporada da Igreja, a mediação clásssica pela qual a incessante ação adorante da Noiva de Cristo recebe expressão visível e audível, passada e presente, abrindo-se à história, mas sempre com Deus, atuando como cenário da adoração cristã; não se trata pois de um pobre esboço que a alma de alguém, ou mesmo de um grupo, seja capaz de fazer."


Trecho do livro
Adoração, publicado em 1936 Como disse um dos seus editores, "os textos de Evelyn Underhill conseguem, poderosamente, iluminar os cantos escuros da alma em sua busca, através da oração, da do Deus Todo PoderosoMajestade e Mistério."