17 novembro 2007

II Domingo Anterior ao Advento

Leituras

Profecia de Malaquias 3. 19-20
Salmo 98.5-10
II Tessalonicenses 3.7-12
São Lucas 21.5-19




Os céus e a terra se alegrarão

Meditemos por um momento o poema de Isaías 65.17-25, deixando que ele penetre até os nossos ossos, nosso coração e também nossa visão. Deus fala: “Novo céu, nova terra, nova Jerusalém.” Quando a novidade chegar veremos um mundo de alegria. Sabemos por que?
Os céus e a terra se regozijarão porque, neste mundo novo trabalhado por Deus, não mais haverá o som do choro, nem mais sem-teto a clamar, não mais pessoas esmagadas a gemer, não mais pessoas aterrorizadas e em pânico.
Os céus e a terra se alegrarão porque no novo mundo edificado por Deus não haverá mais mortalidade infantil, nem mais crianças que só vivam poucos dias, ou idosos que morrerão cedo demais ou que vivam tão pobremente, ou se fechem como conchas enquanto a vida se vai.
Céus e terra se alegrarão porque neste mundo novo erguido por Deus não mais acontecerá a usurpação dos lares de tantos. Aqueles que constroem, aí poderão permanecer, os que plantam sobreviverão para colher e aproveitar a produção. Não mais haverá gente expulsa de suas casas, não mais se perderá lares vulneráveis para o direito do mais forte, não mais a rapacidade da guerra, não mais o menor sendo engolido pelo maior. Quando a novidade chegar, toda pessoa viverá sob a parreira e a figueira, a salvo, sem medo, em paz, e não mais haverá ameaça destrutiva ou ansiedade competitiva.
Céus e terra se alegrarão porque neste novo mundo de Deus, não mais haverá trabalho em vão, nem nascimento em aflição, nem crianças amamentadas sob angústia, insegurança e medo, porque Deus as abençoará e fará com que a força da vida em toda parte seja palpável. Pessoas e famílias viverão com bem estar, sem perigos ou tristeza.
Céus e terra se alegrarão porque neste mundo novo de Deus, Ele estará atento. Deus será como a mãe que ouve e responde durante a noite sabendo, antes que a chamemos, quem está em necessidade e o que é necessário. E jamais seremos deixados sozinhos.

Walter Brueggemann, The Threat of Life, Sermons on Pain, Power and Weakness