10 maio 2009

10 de Maio de 2009 • Páscoa V

Leituras do Domingo
Atos dos Apóstolos 9.26-31
I Carta de São João 3.18-24
Evangelho de São João 15.1-8.


A Igreja de Deus

Tratamos aqui da Igreja de Deus. É exercício simples de eclesiologia, a teologia da Igreja com “I” maiúsculo. É a Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, como rezamos nos Credos. Há pequenas lembranças que precisamos retomar. São marcas da Igreja que devemos ter presente quando tentados a buscar em uma outra porta mais fácil, algo melhor que a Igreja mesma. Primeiro, a Igreja é viva. Ela não é uma organização pétrea ou imóvel. A Igreja de Deus é um organismo, um corpo vivo. Desde o início ela tem sido vítima de cismas, como o ocorrido entre São Pedro e São Paulo. Em sua vida a Igreja tem sofrido guerra e paz. Ela tem oprimido e também libertado. Assim, a Igreja precisa mover-se, crescer e se deixar transformar, se é que aceita mesmo permanecer como o Corpo vivo do Cristo Ressuscitado. Ela está viva porque, além de receber do Pai o fôlego da vida, é formada ainda por seres humanos frágeis e trôpegos, gente como nós todos, porções de barro animadas pelo hálito do Criador. Edificados para responder ao amor de Deus, facilmente o abafamos dentro de nós, até que Sua imagem seja quase imperceptível. A Igreja é pois formada por pessoas desta estatura... Mas “Deus, de tal modo amou o mundo que deu Seu Filho unigênito para que todo que nEle crê... tenha a vida eterna.” Ela é constituída crentes. Alguns de nós temos sido santos, desde os mártires, passando pelos grandes mestres e doutores da fé, até nós mesmos! Somos todos pecadores, membros do Corpo de Cristo. A Igreja assim é frágil. Somos seres humanos tentando, com a ajuda de Deus viver vidas santas, no serviço em Seu Nome, buscando alguma pobre imitação da adoração dos santos na Comunhão perfeita junto ao Trono dos Céus. Quando cantamos o hino 306... “Da Igreja o fundamento é Cristo, o Salvador...” cantamos também que nossa fé repousa sobre a rocha firme de Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado. Não podemos ignorar a promessa e palavra do Senhor: “Esta é a vontade daquele que me enviou.... que nem mesmo um dos que me foram dados, se perca.” Reafirmemos sempre: a Igreja NÃO é nossa. NÓS pertencemos a Jesus Cristo, o Senhor. Fomos salvos da escravidão de nós mesmos e de nossos pecados. Ele prometeu que nenhum dos Seus se perderá! A saúde da Igreja de Deus está justamente nas mãos perfuradas pelos cravos da Cruz. São as mãos do Palestino Jesus que acalmaram as águas, acariciaram os rostos de crianças, partiram o pão e ergueram o cálice. Estas mesmas mãos ainda oferecem Seu próprio Corpo e Sangue, sustentando-nos acima de qualquer tormenta, agora ou no futuro. E Ele nos ressuscitará no último dia.