19 julho 2009

Trindade VI


Encontro Verdadeiro

“Um encontro só é verdadeiro quando as pessoas são verdadeiras também. Assim, normalmente falsificamos nossos encontros. Não só em nós mesmos mas na imagem de Deus em nós. É muito difícil sermos verdadeiros. Ao longo do dia somos uma sucessão de personalidades sociais, por vezes irreconhecíveis aos outros ou a nós mesmos. Quando se trata de rezar e desejamos apresentar-nos a Deus, muitas vezes nos sentimos perdidos porque não sabemos qual destas personalidades sociais é a pessoa humana de verdade. As muitas pessoas sucessivas que apresentamos a Deus não são o que somos de fato. Há algo de nós em cada uma delas mas a pessoa toda está faltando. É por isso que a oração, embora podendo erguer a partir do coração a pessoa verdadeira, não consegue achar seu caminho em meio aos sucessivos espantalhos que apresentamos a Deus. Cada um destes fala uma palavra que é verdadeira em sua forma parcial de ser, mas não expressa as outras personalidades parciais que tivemos durante o dia. É extremamente importante que encontremos nossa unidade, nossa identidade fundamental. De outra forma, não conseguimos encontrar o Senhor em verdade.”

Metropolita Anthony de Sourozh, Creative Prayer, Editado por Hugh
Wybrew, Darton, Longman e Todd, Londres, 1987