03 agosto 2008

Domingo 3 de Agosto de 2008 • Trindade XI

Leituras

Profecia de Isaías 55.1-3
Salmo 78.1-29
Carta aos Romanos 8.35,37-39
Evangelho de São Mateus 14.13-21

A Liturgia da Palavra
“Embora a nova possibilidade do acesso ao Pai por Jesus em um Espírito, oportunizado pela nova aliança, a adoração da nova ecclesia tem uma continuidade real com a adoração da antiga. É o mesmo Deus de glória que é adorado.
Na nova ecclesia as Escrituras da antiga ecclesia são acolhidas como Santas Escrituras, pois se mostram agora falando de Cristo e sua glória. Dentre as Escrituras, o Saltério tem um lugar especial.
O Saltério é usado na Igreja por duas grandes razões:
1 – O Saltério é a voz do Israel de Deus, adorando agora como o fazia com o Criador antigamente, Rei e Redentor, orando pela vitória sobre seus inimigos que não são menos mortíferos justamente por serem espirituais, sutís e invisíveis.
2 – O saltério faz parte do livro de orações de Cristo mesmo. Em seu uso dos Salmos as expressões de adoração, súplica e compromisso, além de dedicação, alcançaram um final perfeito.
Ao usar o Saltério em nome de Cristo os membros do Corpo fazem suas as orações do Cabeça mesmo da Igreja.
Jamais tenhamos nós uma só geração de adoradores não familiarizada com os Cânticos e com os Salmos!

A Liturgia da Eucaristia

A Eucaristia é a forma suprema pela qual o povo de Cristo está, através de nosso Sumo Sacerdote, com Deus e com o mundo todo em seus corações.
O autor e agente da Eucaristia é o Verbo de Deus. O Verbo é proclamado nas leituras da Escritura e na pregação. Então, o Verbo Jesus abençoa o pão e o cálice, nos convida e envia.
Jesus, o Verbo, nos nutre para que possamos sempre mais crescer em Seu próprio Corpo neste mundo, partilhando com Ele no trabalho da re-criação do mundo. Não somos nutridos para nos refugiarmos com Ele em uma espécie de espaço da religião mas para sermos conduzidos com Ele, no trabalho de moldar o mundo à sua própria semelhança.
O sentido de toda vida está aí estabelecido, uma vez que os humanos foram criados para adorar a Deus.
Como a Encarnação, a Eucaristia consiste na irrupção, na história, de algo eterno, além da história, algo impossível de ser apreendido em termos históricos somente.
A questão suprema não é a do que fazemos da Eucaristia mas o que ela faz de nós ao, (juntamente com o Verbo), nos conduzir ao caminho de Cristo.

Arcebispo Michael Ramsey
Gateway to God
Editado por Lorna Kendall
Darton, Longman and Todd, 1988