15 março 2009

Quaresma III • 15 de Março de 2009

Leituras do Domingo
Êxodo 20.1-17
I Carta aos Coríntios 1.22-25
Evangelho de São João 2.13- 25.



A “Glorificação” de Cristo



“Eu mostrei a tua glória ao mundo e terminei o trabalho que me deste para fazer.Meu Pai! Agora dá-me glória na tua presença, a mesma glória que eu tinha contigo antes de existir o mundo.”
São João 17.1-5


Para a maioria de nós, a crucifixão – uma forma particularmente cruel de execução – pode ser descrita sob muitas formas menos como – gloriosa! Para os judeus, a morte na cruz significava que o condenado era na verdade um maldito (Deuteronômio 21.23). Para os romanos, a prática permitia eliminar qualquer vestígio de dignidade de quem fosse crucificado. A vítima, pendurada numa cruz, durante o calor do dia todo, fazia com que os passantes amontoassem ainda mais maldades sobre o condenado. Não é surpresa que o hino de São Paulo à humildade de Cristo diga: “Foi humilhado, e andou nos caminhos da obediência até a morte – e morte de cruz.” (Filipenses 2.8) No entanto, nesta passagem do Evangelho, é – a glorificação – de Cristo que o texto refere. Jesus falara sobre ela antes mesmo do seu evento: “Chegou a hora de ser glorificado o Filho do Homem” (São João 12.23) Aí, poucas horas antes do Gólgota, Ele reza para que sua morte fosse o meio pelo qual o Pai o – glorificaria – e que o Filho então glorificasse o Pai: “Pai, chegou a hora. Glorifica teu Filho, para que ele te glorifique.” (São João 17.2) Como entender tudo isso? Sua resposta diz que somente por este caminho de dor Elepoderia exercer a divina autoridade de oferecer vida eterna: “... tens dado ao Filho autoridade sobre todos os homens, para que ele dê a vida eterna aos que lhe deste.” (S. João 17.2) O Pai será glorificado ao se completar o trabalho para o qual Jesus foi enviado, a salvação do mundo. Talvez, o clamor triunfal na hora da cruz: “Está consumado” (19.30) afirmava que a tarefa se cumprira. A vida eterna é aqui compreendida em termos muito simples. Consiste em conhecer Deus e conhecer o Messias a quem Ele enviou. (17.3). Devemos rezar mais por conhecer ao Pai e ao Filho, bem mais do que simplesmente estar informados a respeito deles.